O kata, além de ser uma
luta imaginária, sem um oponente visível, nos proporciona um condicionamento
físico, aeróbico, fortalecendo com a sua prática diária todo o nosso corpo, principalmente,
músculos, nervos, pulmões, coração e também a nossa mente.
O praticante do kata passa a aprender a usar e ocupar os dois
lados do cérebro, assim como a fazer bom uso dos membros inferiores e
superiores (pernas e braços, respectivamente) de maneira igual, independente de
ser destro e/ou canhoto. Um praticante assíduo de kata, além de adquirir mais
reflexos, mais elasticidade, um autocontrole do seu corpo e mente, também tem a
certeza de estar sempre apto, quando necessário, a exercer a sua autodefesa e
até a de terceiros, fazendo uso prático de tudo que aprendeu com o estudo
constante e treinamentos do kata.
O praticante do karatê e, consequentemente, do kata, tem
a certeza de envelhecer com vigor, com equilíbrio e a segurança de estar se
mantendo firme “como uma rocha” mesmo numa fase difícil de nossa existência,
que é a velhice, o amadurecimento dos sinais do tempo no nosso corpo.
O kata quando praticado e passado de mestre ao aluno, de
pai para filho, assim como a prática do karatê como um todo, se faz além da
prática físico-esportiva, um repasse e continuação de uma tradição que vem por
centenas de anos permeando a vida do estudante do karatê, seja mestre ou aluno,
iniciante ou veterano, porém ambos contribuindo para a perpetuação do kata e
sua história.